Do galho em que estava pude ver os pequenos seios da moça que ria, sentada em um tronco, logo abaixo. Como uma massa mole e aderente, o riso me retia. O sol do meio dia, a sombra fresca das folhas, a leve brisa que refrescava: podíamos respirar sentimentos. Uma melodia soou ao fundo, a princípio baixa e envolvente. Depois foi aumentando, mais, cada vez mais. Como um trem que rasga a plácida paisagem, o som cresceu tremendamente, abafando o riso, apagando a moça, a árvore, a verdura e todo invólucro onde reina o impossível...
Em um gesto mecânico acordei e desativei o alarme do telefone celular. Contemplei o teto por alguns instantes.
Sábado, 5:30 da manhã. Revisei de memória a agenda: às 7:30, como atividade da disciplina Jornalismo Policial, faríamos uma visita ao IML ( Instituto Médico Legal). O restante do dia definiria depois.
Após instantes de preguiçosa divagação, dirigi-me ao banheiro – será que existe alguém que, após se levantar, vai a outro lugar senão o banheiro? Como em outras manhãs, lembrei-me que precisava trocar a resistência do chuveiro. A água fria me fez hesitar por instantes. O consolo de que banho frio faz bem à saúde impulsionou-me para a água que jorrava.
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Esses dias mesmo estava falando para uma amiga de como eu já tinha visto uma necrópsia...Mesmo sem estar lá!
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